Questões de Filosofia segundos anos 2 º Bimestre
1.(Enem
2013) Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do
empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez
no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia
dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em
programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e
impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”,
“de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar
o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.
CUPANI,
A. A
tecnologia como problema filosófico: três enfoques,
Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).
Autores
da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto
iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja
libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a
investigação científica consiste em
a)
expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas
teóricas ainda existentes.
b)
oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o
lugar que outrora foi da filosofia.
c)
ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do
saber que almejam o progresso.
d)
explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e
eliminar os discursos éticos e religiosos.
e)
explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor
limites aos debates acadêmicos.
2.
(Ufsj
2012) Sobre os ídolos preconizados por Francis Bacon, é CORRETO
afirmar
que:
a)
“A consequência imediata da ação dos ídolos é a inscrição do
Homem num universo de massacre e sofrimento racional-indutivo, onde o
conhecimento científico se distancia da filosofia, se deteriora e se
amesquinha”.
b)
“Toda idolatria é forjada no hábito e na subjetividade humanos”.
c)
“Os ídolos invadem a mente humana e para derrogá-los, é
necessário um esforço racional-dedutivo de análise, como bem
advertiu Aristóteles”.
d)
“Os ídolos da caverna são os homens enquanto indivíduos, pois
cada um [...] tem uma caverna ou uma cova que intercepta e corrompe a
luz da natureza”.
4.
(Uel
2011) Leia o texto a seguir.
Francis
Bacon, em sua obra Nova Atlântida, imagina uma utopia tecnocrática
na qual o sofrimento humano poderia ser removido pelo desenvolvimento
e pelo aperfeiçoamento do conhecimento científico, o qual
permitiria uma crescente dominação da natureza e um suposto
afastamento do mito. Na obra Dialética do Esclarecimento, Adorno e
Horkheimer defendem que o projeto iluminista de afastamento do mito
foi convertido, ele próprio, em mito, caindo no dogmatismo e em numa
forma de mitologia. O progresso técnico-científico consiste, para
Adorno e Horkeheimer, no avanço crescente da racionalidade
instrumental, a qual é incapaz de frear iniciativas que afrontam a
moral, como foram, por exemplo, os campos de concentração nazistas.
Com
base no texto e nos conhecimentos sobre o desenvolvimento
técnico-científico, é correto afirmar:
a)
Bacon pensava que o incremento da racionalidade instrumental
aliviaria as causas do sofrimento humano, apesar de a razão, a longo
prazo, sucumbir novamente ao mito.
b)
Adorno e Horkheimer concordavam que o progresso científico não
consegue superar o mito, mas se torna um tipo de concepção mítica
incapaz de discriminar o que é certo do que é errado moralmente.
c)
Adorno e Horkheimer sustentavam que o crescente avanço da
racionalidade instrumental consistia num incremento da capacidade
humana de avaliar moralmente.
d)
Bacon apontava que o aumento da capacidade de domínio do homem sobre
a natureza conduziria os seres humanos a uma forma de dogmatismo.
e)
Tanto Adorno e Horkheimer quanto Bacon viam o progresso técnico e
científico como a solução para os sofrimentos humanos e para as
incertezas morais humanas.
5.
(Uel
2011) Leia o texto a seguir.
O
pensamento moderno caracteriza-se pelo crescente abandono da ciência
aristotélica. Um dos pensadores modernos desconfortáveis com a
lógica dedutiva de Aristóteles – considerando que esta não
permitia explicar o progresso do conhecimento científico – foi
Francis Bacon. No livro Novum Organum, Bacon formulou o método
indutivo como alternativa ao método lógico-dedutivo aristotélico.
Com
base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Bacon, é
correto afirmar que o método indutivo consiste
a)
na derivação de consequências lógicas com base no corpo de
conhecimento de um dado período histórico.
b)
no estabelecimento de leis universais e necessárias com base nas
formas válidas do silogismo tal como preservado pelos medievais.
c)
na postulação de leis universais com base em casos observados na
experiência, os quais apresentam regularidade.
d)
na inferência de leis naturais baseadas no testemunho de autoridades
científicas aceitas universalmente.
e)
na observação de casos particulares revelados pela experiência, os
quais impedem a necessidade e a universalidade no estabelecimento das
leis naturais.
6.
(Uff
2010) Segundo o filósofo inglês Francis Bacon (1561-1626), o ser
humano tem o direito de dominar a natureza e as técnicas; as
ciências são os meios para exercer esse poder.
Que
processo histórico pode ser diretamente associado a essas ideias?
a)
Os ideais de retorno à vida natural.
b)
O bloqueio continental imposto à Europa por Napoleão Bonaparte.
c)
A Contrarreforma promovida pela Igreja Católica.
d)
O surgimento do estilo barroco nas artes.
e)
A Revolução Industrial.
7.
(Pucpr
2009) São de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente
humana. Para melhor apresentá-los, assinalamos os nomes: Ídolos da
Tribo, Ídolos da Caverna, Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro.”
Fonte:
BACON. Novum
Organum...,
São Paulo: Nova Cultural, 1999, p.33.
É
correto afirmar que para Bacon:
a)
Os Ídolos da Tribo e da Caverna são os conhecimentos primitivos que
herdamos dos nossos antepassados mais notáveis.
b)
Os Ídolos do Teatro são todos os grandes atores que nos influenciam
na vida cotidiana.
c)
Os Ídolos do Foro são as ideias formadas em nós por meio dos
nossos sentidos.
d)
Através dos Ídolos, mesmo considerando que temos a mente bloqueada,
podemos chegar à verdade.
e)
Os Ídolos são falsas noções e retratam os principais motivos
pelos quais erramos quando buscamos conhecer.
8.
(Uel
2009) [...] é necessário, ainda, introduzir-se um método
completamente novo, uma ordem diferente e um novo processo, para
continuar e promover a experiência. Pois a experiência vaga,
deixada a si mesma [...] é um mero tateio, e presta-se mais a
confundir os homens que a informá-los. Mas quando a experiência
proceder de acordo com leis seguras e de forma gradual e constante,
poder-se-á esperar algo de melhor da ciência.
[...]
A infeliz situação em que se encontra a ciência humana transparece até nas manifestações do vulgo. Afirma-se corretamente que o verdadeiro saber é o saber pelas causas. E, não indevidamente, estabelecem- se quatro coisas: a matéria, a forma, a causa eficiente, a causa final. Destas, a causa final longe está de fazer avançar as ciências, pois na verdade as corrompe; mas pode ser de interesse para as ações humanas.
[...]
A infeliz situação em que se encontra a ciência humana transparece até nas manifestações do vulgo. Afirma-se corretamente que o verdadeiro saber é o saber pelas causas. E, não indevidamente, estabelecem- se quatro coisas: a matéria, a forma, a causa eficiente, a causa final. Destas, a causa final longe está de fazer avançar as ciências, pois na verdade as corrompe; mas pode ser de interesse para as ações humanas.
(BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. São Paulo: Abril Cultural. 1973. p.72; 99-100.)
Com
base no texto e no pensamento de Francis Bacon acerca da verdadeira
indução experimental como interpretação da natureza, é correto
afirmar.
a)
Na busca do conhecimento, não se podem encontrar verdades
indubitáveis, sem submeter as hipóteses ao crivo da experimentação
e da observação.
b)
A formulação do novo método científico exige submeter a
experiência e a razão ao princípio de autoridade para a conquista
do conhecimento.
c)
O desacordo entre a experiência e a razão, prevalecendo esta sobre
aquela, constitui o fundamento para o novo método científico.
d)
Bacon admite o finalismo no processo natural, por considerar
necessário ao método perguntar para que as coisas são e como são.
e)
O estabelecimento de um método experimental, baseado na observação
e na medida, aprimora o método escolástico.
9.
(Pucpr
2009) “Ciência e poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a
causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence,
se não quando se lhe obedece. E o que à contemplação apresenta-se
como causa é regra na prática.”
Fonte:
BACON. Novum
Organum...,
São Paulo: Nova Cultural, 1999, p.40.
Tendo
em vista o texto acima, assinale a alternativa correta:
a)
Bacon estabelece que a melhor maneira de explicar os fenômenos
naturais é recorrer aos princípios inatos da razão.
b)
Através do conhecimento científico, o homem aprende a aceitar o
domínio dos princípios metafísicos de causalidade sobre a
natureza.
c)
O conhecimento da natureza depende do poder do homem. Assim um rei
conhece mais sobre a natureza do que um pobre estudante.
d)
Através da contemplação - observação – da natureza o homem
aprende a conhecê-la e, então, reúne condições para dominar a
natureza.
e)
Devemos ser práticos e obedecer à natureza, pois o conhecimento das
relações de causa e efeito é impossível e sempre frustrante.
10.
(Uel
2009) […] chamamos
esses lugares de regiões superiores. […]
Tais
torres, conforme sua altura e posição, servem para experimentos de
isolamento, refrigeração e conservação, e para as observações
atmosféricas, como o estudo dos ventos, da chuva, da neve, granizo e
de alguns meteoros ígneos.
(BACON,
F. Nova
Atlântida.
São Paulo: Nova Cultural. 1997. P; 246.)
De
acordo com o texto e os conhecimentos sobre os subtemas, pode-se
afirmar que o pensamento de Francis Bacon:
a)
Reconhece e valoriza o distanciamento da realidade preconizado pelos
autores da escolástica.
b)
Rejeita a máxima “saber é poder” e compreende a ciência como
meio de controle sobre os seres humanos.
c)
Está voltado para o problema do método e para a defesa da
experimentação.
d)
Considera o acesso à verdade como um processo que resulta do método
dialético e que parte dos dados gerais para chegar ao particular.
e)
Estrutura, assim como de Platão, sua “utopia política”, tendo
como base a sociedade organizada em trabalhadores, soldados e
governantes.
11.
(Uel
2007) Segundo
Francis Bacon, “são
de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para
melhor apresentá-los, lhes assinamos nomes, a saber: Ídolos da
Tribo; Ídolos da Caverna; Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro”.
Fonte:
BACON, F. Novum
Organum. Tradução
de José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.
21.
Com
base nos conhecimentos sobre Bacon, os Ídolos
da Tribo são:
a)
Os ídolos dos homens enquanto indivíduos.
b)
Aqueles provenientes do intercurso e da associação recíproca dos
indivíduos.
c)
Aqueles que imigraram para o espírito dos homens por meio das
diversas doutrinas filosóficas.
d)
Aqueles que chegam ao espírito humano por meio de regras viciosas de
demonstração.
e)
Aqueles fundados na própria natureza humana.
12.
(Uel
2006) Em sua obra Nova
Atlântida,
Francis Bacon descreve uma instituição imaginária chamada Casa de
Salomão,
cuja finalidade “[...] é o conhecimento das causas e dos segredos
dos movimentos das coisas e a ampliação dos limites do império
humano para a realização de todas as coisas que forem possíveis.”
(BACON,
Francis. Nova
Atlântida. São
Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 245.)
Sobre
a concepção de ciência em Francis Bacon, é correto afirmar:
a)
A ciência justifica-se por si própria e está desvinculada da
necessidade de proporcionar conhecimento sobre a natureza.
b)
O objetivo da ciência é fornecer a quem a controla um instrumento
de domínio social sobre os outros homens.
c)
Para a ciência, o enfrentamento das questões econômicas e sociais
tem maior relevância do que o conhecimento da natureza, porque
proporciona uma vida boa para os indivíduos.
d)
A origem da ciência está dada em pressupostos a
priori,
sendo desnecessário o recurso ao saber prático e empírico.
e)
A ciência visa o conhecimento da natureza com a intenção de
controle e domínio sobre ela para que o homem possa ter uma vida
melhor.
13.
(Uel
2005) “[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não
consultava devidamente a experiência para estabelecimento de suas
resoluções e axiomas. E tendo, ao seu arbítrio, assim decidido,
submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas
opiniões”.
(BACON,
Francis. Novum
Organum.
Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova
Cultural, 1988. p. 33.)
Com
base no texto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a
interpretação que Bacon fazia da filosofia aristotélica.
a)
A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o
fundamento da ciência.
b)
Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados
e axiomas da ciência.
c)
Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria
submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experiência.
d)
Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como
consequência a desvalorização da experiência.
e)Aristóteles
valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para
superar a opinião e atingir o conhecimento verdadeiro.
E as respostas?
ResponderExcluir1 - c
ResponderExcluir2 - d
3 - a
4 - b
5 - c
6 - e
7 - e
8 - a
9 - d
10 - c
11 - e
12 - e
13 - d